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foto Rinaldo Rossi
Rinaldo Rossi (Recife, 1945 - Salvador, 1984)



RINALDO ROSSI nasceu no Recife (PE) em 9/7/1945, filho de uma família de classe média-alta que se trasladou à Bahia nos primeiros anos de vida do compositor.

Estudou em Salvador nos colégios Maristas e Antonio Vieira, tendo concluído o Curso Clássico no Colégio Padre Félix no Recife. Iniciou seus estudos musicais aos cinco anos, em cursos particulares e, mais tarde, na Escola de Música e Artes Cênicas (EMAC) da Universidade Federal da Bahia (começando pelos Seminários de Música da própria UFBA) onde estudou composição e regência.[1]

A personalidade altamente dinâmica e carismática de Rossi lhe permitiu desenvolver atividades musicais e político-administrativas, tanto em Salvador, quanto em Brasília e no Rio de Janeiro. Foi membro fundador do "Grupo de Compositores da Bahia" (GCB) tendo regido várias obras da sua autoria, assim como dos seus colegas, já desde o concerto fundacional do GCB na Semana Santa de 1966, cujo pódio dividiu com Ernst Widmer. Foi professor do curso superior dos Seminários de Música da UFBA (1967-68); Diretor da Escola de Dança da UFBa (1967-68); assim como Chefe e professor de diversas disciplinas do Departamento de Música da UnB (1968-75). Também foi Chefe da Seção Musical do Serviço de Radiodifusão Educativa do MEC e ocupou a Direção Regional da EMBRAFILME (Bahia e Sergipe). Entre as orquestras que regeu, se destacam a Orquestra Sinfônica Nacional (1970) e a Orquestra Sinfônica Brasileira (1971).

Ainda no Rio de Janeiro, participou de vários projetos culturais na Radio Nacional do Ministério de Educação e Cultura (MEC) atuando como regente da orquestra nas gravações de vários discos LP de música brasileira do século XX.

Já retornado à Bahia em 1975, continuou participando na área político-administrativa ocupando diferentes cargos na área urbanística e cultural desse Estado, até a sua morte em 1984.

A lista das suas obras pode-se dividir em duas categorias: as músicas incidentais (para teatro ou cinema) e as músicas de concerto.

A primeira categoria inclui "Paisagem Agônica" (1965); "Estórias de Gil Vicente" (1966); "O Profeta da Fome" (1970); "Eram-se Opostos" (1978).

Por sua vez, a segunda categoria inclui "Do Diálogo e Morte do Agoniado" (1966)[2]; Paisagem Agônica Nº2" (1967 - 1º Prêmio no Concurso de Composição Apresentação de Jovens Compositores da UFBA); "Réquiem para o Velho Mundo" (1970)[3]; "Polivolume" (1970)[4]; e "Epiphanias" (1973 - Menção Honrosa no Concurso Nacional de Composição promovido pela Sociedade Brasileira de Música Contemporânea e o Instituto Goethe).

Pablo Sotuyo Blanco Salvador, 2002

[1] Esta resenha foi realizada a partir da Enciclopédia de Música Brasileira Popular, Erudita e Folclórica, (São Paulo: Art; Publifolha, 1998), o currículo mecanografado do próprio compositor, e informações fornecidas por colegas e familiares. É mister destacar que a documentação correspondente aos diplomas em Regência e Direito, referidos no currículo, não foi encontrada na pesquisa realizada nos arquivos da UFBA.

[2] Não se tendo localizado a partitura original, a análise realizada no Vol. 6 da presente série ("Marcos Históricos...") utiliza uma 2ª versão da partitura, sem nova data indicada.

[3] Ou "Requiem pour le Vieux Monde", segundo aparece no manuscrito autógrafo da partitura. Obra gravada no LP "MEC 70. Ministério da Eduação e Cultura. Serviço Radiodifusão Educativa. Música do Brasil" vol. 2 (CBS s/n) sob a regência do autor.

[4] Obra gravada no LP "MEC 71. Ministério da Eduação e Cultura. Serviço Radiodifusão Educativa. Música do Brasil" (CBS MEC71.002) sob a regência do autor.


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